Dica: Coisas que a gente cria, podcast da Bárbara Nickel

Hoje fui “passear” de trem e resolvi fazer uma coisa diferente. Peguei meus fones e, ao invés de abrir as minhas músicas de sempre, resolvi ouvir podcasts. Meu pensamento foi “quero algo que acrescente, que me diga algo mesmo” e optei por esse:

http://www.coisasqueagentecria.com/

Resolvi começar pelo podcast da Cris Lisbôa, do Go, Writers e preciso dizer: fiquei en-can-ta-da! Primeiro, com a forma como a Bárbara Nickel, jornalista responsável pelas entrevistas, conduz a conversa. É tudo tão leve, tão fluido, que eu me sentia sentada ao lado delas, tomando um café.

Já a Cris Lisbôa, geeente, que coisa mais amor! Já quero ser amiga dela! 😀 Talvez porque eu tenha identificado muito de mim nela – alguém que ama escrever, que fez jornalismo pra escrever, que leva as palavras à sério e que fala palavrão – ou talvez apenas porque ela parece querida. (aproveitando, acessem o link do postcast, ouçam – claro! – e peguem as referências literárias que estão listadas no post).

Daí na volta, novamente no trem, resolvi ouvir a conversa com a Roberta Hentschke, da Bora Design de Negócios. Outro papo maravilhoso, cheio de dicas sobre empreendedorismo pra levar pra vida (e não necessariamente pros negócios), sobre auto-conhecimento, sobre pensar em si, conectar as ideias…

Então, assim: recomendo o podcast Coisas que a gente cria. Assinem, ouçam, divirtam-se (como eu me diverti, a louca rindo sozinha no trem!) e aprendam. Porque conhecer pessoas e ouvi-las sempre traz algo de bom pra gente.

Segue reto toda vida…

viajar
Uma linda e inspiradora verdade!

Tenho pensado muito sobre viagens. Mas não as viagens de trabalho, que faço sempre – e com prazer. Penso em sair, pegar um ar diferente, sem compromisso, sem hora pra acordar ou dormir.

Também não penso em grandes viagens. Nada de Europa, Estados Unidos, Austrália. Penso em ir ali, quem sabe Curitiba, ou Foz do Iguaçu, ou ainda Rio ou São Paulo?

Há lugares lindos, pra uns já manjados, lugar comum. Mas não pra mim.

viajante
Ver com os olhos do coração, quem sabe?

Quero lugares que eu possa explorar, conhecer, abrir a mente para outros estilos de vida, conhecer detalhes que fazem cada um deles um lugar especial, viver um tempo diferente do meu.

Lugares que me permitam correr menos, fazer menos coisas ao mesmo tempo, curtir mais, observar mais. Sentar em um café e olhar o movimento, observar as pessoas. Caminhar em um centro histórico sem hora pra voltar. Ficar perto da natureza, respirar um ar diferente.

Pra 2014, uma das metas é: viajar mais. Vejamos no que dá!

BBB14, intolerância e a busca pelo bom senso

Na noite passada, antes de dormir, vi que os amiguinhos do Twitter @_urgh e @samara7days compartilharam este post do deputado federal e ex-BBB Jean Wyllys sobre o BBB e os debates acalorados que tomaram conta das redes sociais uma semana antes da estreia do programa.

bbb14

No texto, ele diz:

… pessoas passam o ano inteiro expondo suas entranhas no Facebook (da foto no espelho da academia às férias em família, passando pelo prato que comem todo dia e seus conflitos pessoais); dando detalhes minuto a minuto de suas ações e se envolvendo em bate-bocas com os “amigos” virtuais pelos motivos mais banais, mas, quando chega janeiro, arvoram-se a detonar o BBB pelo “excesso de intimidade que aquelas pessoas expõem”.

Não estou aqui para defender ou acusar o programa. Mas para falar sobre o que tenho visto e defendido, especialmente fora das redes sociais. Em conversas com as gurias da agência, sempre comentamos o excesso de exposição e, especialmente, o excesso de felicidade e de bons momentos que as pessoas insistem em mostrar. Em alguns casos, a pessoa posta que é a mais feliz do mundo, que tudo é perfeito, mas em 15 minutos de conversa offline, na mesa do bar, o que se percebe é exatamente o contrário: insatisfação com o trabalho, um filho que não obedece, uma esposa que não dá folga…

Se as pessoas expõem a vida dessa forma nas redes sociais (que não deixam de ser em “rede nacional”, como na tv), por que essas criaturas que resolvem participar da brincadeira não podem? Ah, mas como comentaram no post que citei antes, o Facebook tem filtros, listas, formas de evitar que a minha foto de biquini na frente do espelho fazendo duckface não apareça para todos.

Sim, eu sei disso, provavelmente tu aí do outro lado também. Mas e quantos mais? Já vimos diversos casos de pessoas que usaram a ferramenta de forma errada e se deram mal (cadê tiozinho publicando link de putaria e comentando no post “isso não vai aparecer no meu mural, né?” em um post público).

Ataque e defesa

Outra coisa constante nos últimos dias, voltando ao BBB, são os acessos quase de fúria que percebemos. Primeiro, entre quem gosta ou não do programa, em um eterno debate entre alta e baixa cultura, manipulação da Globo, falta de dedicação aos livros, essas coisas que todo mundo sabe – afinal, todo início de janeiro lemos as mesmas conversas.

Pra mim, a palavra-chave é entretenimento: eu posso escolher entre ler um livro, assistir Criminal Minds, Amor à Vida ou BBB, ir ao cinema, ao parque ou ao teatro. O que cada um faz com seu tempo livre faz parte do seu livre arbítrio. É aí que mora o bom senso. Se eu gosto de futebol, vou falar de futebol nos ambientes que frequentar (seja on ou offline). Isso é motivo para as pessoas que não gostam me chamarem de burra, ignorante ou sem cultura?

Pois, como disse o deputado no post,

Quem não curte não comenta e ponto (e respeita quem curte, afinal, BBB é tão entretenimento quanto série americana e campeonato de futebol)!

Mas os ataques não se restringem ao “assistir ou não”. Cada participante já foi stalkeado por milhares de curiosos, seus perfis “pessoais” já se tornaram públicos, assessores e parentes respondem por cada um dos 20 confinados. E suas publicações antigas tornam-se alvo de críticas, o que faz com que as pessoas já odeiem ou amem cada participante sem nem o programa ter começado.

E, com isso, a guerra (especialmente no Twitter) começou. Uns xingam, outros defendem, e torcidas que quase se assemelham às de times de futebol se tornam, transformando a timeline em uma praça de brigas.

Enquanto isso, eu dou risada e espero o programa começar pra tirar minhas conclusões sobre o que mudou nessa novela. Sim, pra mim BBB é narrativa seriada, uma história contada em capítulos com início, tramas e dramas, vilão e mocinho, e um final feliz pra alguém – que fica rico e se dá bem!

E a vida sem internet?

sem internet

Li e reli este post, várias vezes. E pensei muito sobre o assunto. E deixo aqui algumas dessas reflexões… Pensei sobre a necessidade de saber de tudo. De estar em todas as conversas, ao mesmo tempo. De estar aqui com X e ao mesmo tempo falar com Y e Z sobre assuntos totalmente aleatórios, sem relação alguma com X.

Vai parecer conversa de velha, mas sinto saudade do tempo em que precisava ligar pras pessoas pra combinar um encontro, sentar numa mesa de bar e colocar os assuntos em dia. A possibilidade de comunicação que a internet móvel oferece facilita, e muito, a nossa vida (se eu ficar presa no trânsito, posso avisar quem me espera em outro ponto com alguns toques na tela, inclusive sem custo). Mas não é porque estou online que tenho a obrigação de responder ou de querer falar. Não é porque tenho determinado aplicativo no telefone que sou obrigada a responder, a qualquer hora ou em qualquer lugar ou situação.

Já pensei, é claro, em desativar a internet do telefone, em sair do Facebook, em – sei lá – sumir daqui. São pensamentos radicais, eu sei, especialmente porque eu entendo a importância do potencial das redes sociais em aproximar pessoas, em difundir ideias e pensamentos. É o meu trabalho, meu dia a dia. Também é aqui que vejo os filhos de um grande amigo crescer, que mato a saudade da amiga que mora longe, que tenho notícia dos parentes, que busco informações em grupos relacionados ao meu trabalho.

Mas é aqui que vejo muita bobagem, que perco tempo abrindo links que não vão acrescentar nada. O problema é deixar esse mundo online tomar conta da vida. De tudo.

E é disso que eu quero fugir! (se eu não aparecer por aqui, fique feliz: estou ali fora vendo o cachorro latir pros passarinhos, tomando chimarrão e namorando o marido, rindo com os colegas no pátio da firma ou brindando “cazamigas” em algum bar por ai. ou seja, estou vivendo.)

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A inspiração pra esse texto veio do Vida Organizada, da querida Thais Godinho.

Este texto eu publiquei originalmente aqui no Facebook.